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📧TEMA: AVANÇO CIENTÍFICO 
📆Data: 25/04
🗣️ASSUNTO: Gênio De Harvard Vende Seu Próprio Código Genético Como NTF.

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PUBLICAÇÃO:

Gênio de Harvard vende seu próprio código genético como NFT

Gênio de Harvard vende seu próprio código genético como NFT

Por Alveni Lisboa | 25 de Abril de 2021 às 15h00

Muita gente acredita que a inteligência humana tenha características genéticas, que podem ser transmitidas de pai para filho como uma mutação. Até hoje nunca houve nada conclusivo a ponto de se afirmar que os genes podem tornar alguém mais ou menos inteligente. Mas, se isso for realmente possível, talvez esta seja a hora de garantir uma linha sucessória de pequenos gênios. Isso porque o famoso geneticista e professor da Universidade de Harvard George Church vai comercializar o seu DNA como um token não-fungível (NFT). 

A Nebula Genomics, empresa tecnológica criada por Church, vai oferecer um serviço de sequenciamento genético para quem deseja mapear suas características únicas. A venda do DNA do professor é parte da estratégia de lançamento da companhia, que pode atrair artistas, celebridades, intelectuais e empresários interessados em replicar sua inteligência.

“Como um dos primeiros genomas já sequenciados, o DNA do professor Church carrega um grande significado histórico para o campo da genômica pessoal, pois foi usado em incontáveis estudos e artigos e representa um momento crucial na ciência e na história humana”, explica o site da startup.

Quem é o cara?

Church é um ferrenho defensor da ciência genética, sendo um dos pioneiros do segmento. Ele já sugeriu a recriação de mamutes, a transformação genética de pessoas em super-humanos, trabalhou em um aplicativo de namoro que combina pessoas com base em seu código genético e injetou em si uma vacina contra a COVID produzida por ele mesmo.

George Church (Imagem: Heyytessa/Wikipedia)

Leciona genética na Harvard Medical School e no MIT, além de liderar a equipe de biologia sintética no Harvard’s Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering. É o diretor do Centro de Tecnologia de Energia do Departamento dos Estados Unidos e do Instituto Nacional de Saúde do Centro de Excelência em Ciência Genômica.

O professor desenvolveu o primeiro método de sequenciamento genômico direto em 1984 e ajudou a iniciar o Projeto Genoma neste mesmo ano. Em razão disso, foi uma das primeiras pessoas a ter todo o seu genoma sequenciado. Quase 20 anos depois, em 2005, Church ajudou a lançar o Projeto Genoma Pessoal e se tornou a primeira pessoa a divulgar publicamente seus dados genômicos e registros médicos para fins de pesquisa.

“O NFT não foi ideia minha, mas espero que seja uma boa ideia tanto para o vencedor do leilão quanto como um evento que aumenta as conversas sobre a revolução que está acontecendo na leitura e escrita de DNA”, disse Church ao portal The Scientist, por e-mail.

O comprador terá direitos de propriedade exclusiva sobre os dados armazenados em blockchain como um NFT. A pergunta que não quer calar é: sendo dono do sequenciamento genético, o comprador poderia replicar cópias do estudioso?

Um novo mercado

Por meio da Nebula Genomics, o co-fundador Kamal Obbad espera lançar um tipo diferente de negócio que esteja realmente alinhado com o usuário comum e mais focado em fornecer um bom produto, em vez de apenas agregar o máximo de dados possível. O objetivo é tirar a ciência dos laboratórios e levá-la para o cotidiano das pessoas.

(Imagem: Reprodução/Nebula Genomics)

Obbad argumentou que um NFT fazia sentido “porque, por si só, um genoma é realmente um ativo digital não fungível — e diferentes genomas terão diferentes valores inerentes”. Por exemplo, um paciente com dados de uma doença rara seria inerentemente mais valioso do que os dados de uma pessoa completamente saudável. O DNA de uma artista pode sair bem mais caro do que de um cidadão comum.

Em vez de simplesmente ganhar dinheiro, o projeto vai destinar parte dos lucros para a pesquisa genômica. A ideia da empresa com a ação é chamar atenção para o campo de estudo e desenvolver pesquisas que ajudem a curar doenças genéticas.

NFT em alta

Os non-fungible tokens ou NFT são arquivos únicos semelhante a certificados digitais que conferem propriedade ao seu dono. Como um NFT usa a tecnologia blockchain é possível garantir a autenticidade e unicidade de um objeto. 

Inicialmente, o seu uso era bastante restrito ao mundo das artes e do design. Com a popularização das criptomoedas, contudo, o NFT começou a ganhar importância e destaque em outros segmentos que trabalham com direitos autorais: músicos, engenheiros, arquitetos e até escritores já estão comercializando suas produtos neste formato.

Recentemente, um NFT do rosto de Edward Snowden foi vendido por US$ 5,5 milhões. Um jornalista do New York Times conseguiu a bagatela de US$ 3,2 milhões por um artigo que aborda de forma bem humorada a febre das criptomoedas que tomou a internet nos últimos meses. Quem sabe o Canaltech não comercialize esta matéria por alguns milhões também, não é?

Aqui no Brasil, a empresa de calçados infantis Pampili vai lançar, agora em maio, um leilão de NFT com um modelo exclusivo de tênis. O comprador receberá o arquivo digital e uma versão física da criação, cujo objetivo é arrecadar fundos para uma instituição de caridade.

Fonte:Tencmundo

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